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Suplementação à base de óleo de peixe e o risco de câncer de mama


Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2019), após a neoplasia de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, com 29% e 25%, respectivamente dos novos casos de câncer no país representados por esse tipo de tumor.

Além do estímulo hormonal, processos pró-inflamatórios e a produção de citocinas também são considerados estímulos importantes para o desenvolvimento do câncer de mama. Nesse sentido, além do tratamento farmacológico padrão, o uso de suplementos nutricionais como o ômega-3 tem sido discutido pela literatura e por protocolos de cuidado, em função de seu papel anti-inflamatório já consolidado no meio clínico e acadêmico.


Estudos in vitro e em animais apontam que o ômega-3 ajuda na proliferação de mediadores com papel resolutivo no processo inflamatório. Consequentemente, tal papel pode impactar em vias de sinalização relacionadas à tumorigênese, bem como na diminuição da produção de citocinas pró-inflamatórias, culminando na ativação de mecanismos apoptóticos das células tumorais. Quanto à realização de estudos em humanos, apesar da variabilidade entre as coortes estudadas, esses indicaram que o consumo de ômega-3 trouxe benefícios no que tange à redução do risco de câncer de mama.

Importante enfatizar que, assim como outros tipos de cânceres, como de colo e de reto, o câncer de mama também está associado ao consumo excessivo e prolongado de proteínas de origem animal e lipídios. Assim, o consumo de ácidos graxos do tipo ômega-3 parece inibir a formação de tumores de mama. Vaz et al. (2014) ressaltam, ainda, que a suplementação com ômega-3 na dieta do paciente com câncer mamário pode induzir diferenciação de células do câncer de mama, limitando o crescimento do tumor. Além disso, em fases iniciais da doença, cujos tumores são estrogênio-dependentes, o óleo de peixe pode limitar o estímulo hormonal ao qual os tumores são expostos, impactando em seu crescimento.

Portanto, a suplementação com ômega-3 em pacientes com câncer de mama pode se tornar uma medida coadjuvante a ser avaliada e inclusa no protocolo de prevenção ou tratamento da doença, por isso, devendo ser avaliada por profissional especializado.

Referências

FABIAN, C.J. et al. Omega-3 fatty acids for breast cancer prevention and survivorship. Breast Cancer Research, v. 17, n. 62, 2015.

INCA. Câncer de Mama. 2019. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama>. Acesso em: 27 ago. 2019.

VAZ, D.S.S. et al. A importância do ômega 3 para a saúde humana: um estudo de revisão. Revista UNINGÁ Review, v.20, n.2, p.48-54, out. 2014.

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