Esta época do ano é marcada pela queda de imunidade e pelo aumento da prevalência de doenças respiratórias, como gripes e resfriados, principalmente, devido às alterações de temperatura, à baixa umidade do ar e também aos ambientes menos ventilados, propiciando a proliferação dos micro-organismos associados a essas doenças. Para auxiliar na proteção do corpo, estratégias alimentares são fundamentais, como a suplementação com própolis verde, sobre a qual há diversos estudos na literatura demonstrando seus benefícios para o sistema imunológico e para a saúde como um todo.
Própolis é uma resina coletada pelas abelhas na vegetação e utilizada na colmeia para proteção contra quaisquer micro-organismos patogênicos, alterações de temperatura que possam causar algum dano a elas, sendo que os tipos de própolis variam de acordo com as espécies de plantas das quais são coletadas. A própolis verde é coletada do alecrim-do-campo, uma espécie vegetal típica de Minas Gerais que proporciona diversos benefícios para a saúde, principalmente, para o sistema imunológico devido à presença de compostos fenólicos, como bacarina e artepelina C (ENDO et al., 2018).
Al-Hariri (2019) realizou uma revisão sistemática em que reúne uma série de estudos que demonstram a ação imunomoduladora do extrato de própolis verde, sendo um potencial tratamento complementar e alternativo no controle de infecções ou outras patologias, promovendo maior eficácia do sistema imunológico. Outra revisão (MARIANO; HORI, 2019) demonstra atividade bactericida, sobretudo, em relação a bactérias Gram-positivas; e alguns estudos indicam a própolis como uma alternativa viável para ser utilizada em casos de resistência bacteriana a alguns antibióticos, além disso, a própolis também pode ter efeito antiviral contra o vírus da herpes simples.
Além da ação imunomoduladora, a própolis exerce um grande efeito antioxidante, como foi visualizado por Zhao et al. (2016). Esses pesquisadores avaliaram os efeitos da suplementação de própolis verde em pacientes brasileiros com diabetes tipo 2 em relação a parâmetros séricos de oxidação e inflamação. Foram administrados 900mg/dia de própolis por 18 semanas e, ao final desse período de intervenção, foram observados aumento nos níveis de glutationa reduzida e polifenóis totais e redução de carbonilas séricas (marcadores de oxidação de proteínas), assim como redução da desidrogenase láctica. No grupo suplementado, também houve redução de TNF-alfa sérica e aumento de 1β e IL-6 séricas.
Referências ENDO, S. et al. Autophagy inhibition enhances anticancer efficacy of artepillin C, a cinnamic acid derivative in Brazilian green propolis. Biochemical and biophysical research communication, v.497, n. 1, p. 437-443, 2018. AL-HARIRI, M. Immune's-boosting agent: Immunomodulation potentials of propolis. Journal of Family and Community Medicine, v. 26, n. 1, p. 57-60, 2019. MARIANO, M.M.; HORI, J.I. O potencial terapêutico da própolis verde brasileira. e-Revista Facitec, v. 10, n. 1, 2019. PASUPULETI, V.R. et al. Honey, Propolis, and Royal Jelly: A Comprehensive Review of Their Biological Actions and Health Benefits. Oxidative medicine and cellular longevity, 2017. ZHAO, L. et al. Brazilian green propolis improves antioxidant function in patients with type 2 diabetes mellitus. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 13, n. 5, 2016.
Comments