Suplementação de ômega-3 aparece como aliada de uma alimentação saudável nesta batalha
O acúmulo de gordura no fígado, também conhecido como esteatose hepática, ocorre quando as células desse órgão são infiltradas por partículas de gordura. Esteatose, quando não tratada, pode evoluir, em médio ou longo prazos, para uma inflamação que culmina em doenças mais graves, como hepatite gordurosa, cirrose hepática, câncer de fígado e doenças cardiovasculares. Diversos fatores estão relacionados ao acúmulo de gordura no fígado, como obesidade, aumento de gordura corporal e acúmulo de triglicérides no fígado. Atualmente, existem duas classificações para esteatose hepática: alcoólica, ocasionada pelo consumo excessivo de álcool, e não alcoólica, provocada por hábitos de vida inadequados, que também pode causar elevação das enzimas hepáticas e alteração da função hepática. Em países industrializados, estima-se que 30% das pessoas sofram com esse tipo da doença.
De acordo com a literatura, o quadro de esteatose hepática pode ser revertido a partir da adoção de hábitos alimentares mais saudáveis. Estudos sobre a suplementação com ômega-3 apontam para resultados relevantes acerca da reversão do quadro da doença, sobretudo, da vertente não alcoólica. A World Gastroenterology Organization (WHO) (2012) sugere que a diminuição da ingestão de gorduras trans, presentes nos alimentos ultraprocessados, e o aumento no consumo de ácidos graxos ômega-3, presentes em alguns alimentos naturais, possa melhorar o quadro de acúmulo de gordura no fígado. Estudos preliminares apontam que a suplementação oral de 1g/dia com óleo de peixe, ao longo de um ano, foi capaz de reduzir os triglicerídeos, as enzimas hepáticas, a glicemia de jejum e o grau de esteatose hepática.
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